Biografia

"Todos os sistemas são complementares, se você souber como conectá-los."

A mãe de Meijer foi engenheira-chefe do Instrumento de Estrutura Atmosférica da Huygens, que pousou em Titã. Incentivada a alcançar as estrelas desde muito nova, estudou Engenharia Aeroespacial com o objetivo de ser uma pilota de caça. Infelizmente, seu albinismo implicou em retinas comprometidas e sua candidatura foi recusada. Ela mudou seu foco para engenharia de sistemas, desenvolvendo lentes de contatos que compensaram sua deficiência genética enquanto integravam uma sobreposição em RA de última geração.

Foi uma colaboração durante seu doutorado que deu a Meijer a primeira experiência onde ela almejava estar. O retorno da Estação Espacial Internacional somente intensificou seu desejo de explorar, a qualquer custo, os cantos mais distantes do cosmo. Ela foi pioneira em um software de mapeamento topográfico que lhe permite projetar uma cópia virtual de si mesma, em tempo real, em qualquer lugar que seja visível por um satélite ou drone. Foi esta tecnologia que chamou a atenção de Elena “Mira” Álvarez e, consequentemente, Six.

RELATÓRIO PSICOLÓGICO

Na primeira vez em que encontrei a Especialista Nienke "Iana" Meijer, ela me disse que a colher de prata que uso para mexer meu chá tem mais em comum com os pregos que seguram minha cadeira que com os talheres dos reis. Ela sugeriu uma colher de ouro para um sabor menos metálico, mas depois que me viu pondo açúcar, corrigiu para zinco ou cobre. Maravilha. Sua abordagem franca e reducionista com certeza irá desafiar seus colegas agentes! […]

Seu rosto se ilumina quando conta a história de ter visto com sua mãe o pouso em Titã, ou dos poucos, mas preciosos, dias na Estação Espacial Internacional. É claro que estes eventos desencadearam uma crescente impaciência de ir além e ver mais. Tivesse nascido ela 200 anos antes, e teria sido uma das destemidas almas a mapear cada canto da nossa bolinha de gude azul, mas agora teve que se contentar com mundos distantes e menos familiares. […]

Lendo o arquivo de Meijer, fica evidente que ela obteve êxito através de enorme intelecto, determinação e coragem. Ainda assim, encapsulado em seu exterior colaborativo e sociável, existe um núcleo frágil que ela mantém protegido e reservado. Crescer como uma pessoa albina não foi nada fácil, por mais tolerante que a sociedade possa parecer. Havia estigmas sociais e insultos infantis, mas estas provações estimularam sua autodeterminação e autoconfiança. Sozinha, ela é como um rio impetuoso: determinada a superar quaisquer obstáculos que impeçam seu fluxo, independentemente do sacrifício pessoal. […]

Ela estava ansiosa para dividir suas experiências e conhecimento e para crescer dentro de um tipo de equipe bastante diferente do que estava acostumada. Especialmente empolgante é a sua habilidade de analisar uma miríade de cenários e criar características distintas de si mesma para enfrentar cada um deles simultaneamente. Com frequência, pessoas que realizam muitas tarefas ao mesmo tempo têm resultados reduzidos em todas as áreas, mas, também neste caso, Meijer é a exceção. […]

Eu tenho plena confiança de que ela vai ser uma excelente adição à Rainbow. No entanto, assim como com as Especialistas Eliza "Ash" Cohen e Elena “Mira” Álvarez, será primordial garantir que ela mantenha a sinergia com seu time, em vez de lutar sozinha em objetivos diferentes sem se dar conta.

-- Dr. Harishva “Harry” Pandey, Diretor da Rainbow