EXPERIÊNCIA

“Nunca mostre as suas cartas.”

Aria "Alibi" de Luca nasceu em Trípoli, Líbia, e mudou de país com sua família quando tinha três anos de idade. Seu pai gerenciava uma pequena fábrica de armamentos e usava sua extensa rede de contatos por todo o Norte Africano para abrir exportações nesta região. De Luca adquiriu conhecimento e prática com armas italianas por meio dos negócios da família e treinos em estande de tiro. Aos 18 anos, Aria participou de campeonatos europeus organizados pela Confederação Europeia de Tiro (ESC) e ganhou ouro nas divisões de running target 10 m e pistola de ar 10 m. Depois do evento, um recrutador dos Carabinieri convenceu Aria a se juntar à polícia.
O profissionalismo e a precisão no tiro trouxeram notoriedade para de Luca rapidamente e ela passou a combater o crime organizado pelo Raggruppamento Operativo Speciale. Acabou conquistando uma posição no prestigioso Gruppo di Intervento Speciale (G.I.S.) e após uma operação bem-sucedida no Afeganistão, apesar de ter sido separada do seu grupo, ela foi escalada para trabalho secreto contra o crime organizado. Disfarçada de traficante de armas, infiltrou-se na Vinciguerra, uma família de criminosos, e passou vários anos entre eles até arruiná-los de dentro para fora. Naquela época, um jornal vazou uma lista de agentes que estavam trabalhando contra os Vinciguerras, o que forçou o G.I.S. a acelerar o processo.
Depois de trabalhar disfarçada no desmantelamento bem-sucedido da família Vinciguerra, Aria de Luca recebeu um convite para se juntar à Rainbow como agente.

RELATÓRIO PSICOLÓGICO

A especialista Aria de Luca (conhecida como Alibi) se apresenta sob uma fachada de diversas camadas, o que certamente derivou-se de anos de serviço secreto, mas eu suspeito que isso seja uma medida protetiva provavelmente ligada a sua infância. [...] Ela carrega um ódio profundo por famílias do crime (essa parte é óbvia — foi o mais perto que eu cheguei de vê-la estragar seu semblante sofisticado) e creio que o crime organizado possa até comprometer sua capacidade de operar racionalmente em alguns casos. [...] Graças ao meu contato com o escritório do chefe de estado-maior, pude ter acesso às avaliações psicológicas da de Luca no processo de entrada para o G.I.S.. Fiz uma análise comparativa com registros antigos da polícia e visitas hospitalares da sua família e creio que o pai dela era vítima de extorsão da máfia... a menos que o Sr. de Luca tenha a incrível má sorte de quebrar dedos várias vezes, cair de escadas e quebrar o seu próprio braço... duas vezes. A especialista de Luca nunca foi gravemente ferida e esbanja a constituição sólida e a força mental que esperamos de todos os nossos agentes. Psicologicamente, no entanto, os ferimentos são profundos e eu suspeito de que os contratempos do pai com o crime organizado tenham colocado a nossa "Alibi" neste caminho. […]
O codinome Alibi tem bastante peso, considerando as circunstâncias em que a operação secreta dela contra a família Vinciguerra teve que ser acelerada. No papel, a especialista de Luca é uma heroína do G.I.S., condecorada com uma medalha de ouro pelo valor civil das suas ações, mas ao pesquisar um pouco mais, nota-se que ela tem difamadores que a apontam como a fonte do vazamento que quase sabotou a investigação do G.I.S.. [...] A especialista de Luca desfrutava de uma ascensão excepcional como traficante de armas dentro da família Vinciguerra quando obteve acesso a um complexo próximo a Gênova que era conhecido como central de operações de tráfico humano dos Vinciguerras. Por ser uma imigrante naturalizada, tudo indica que quando a especialista de Luca viu dezenas de refugiados aguardando para serem vendidos para trabalho escravo e prostituição pelas mãos dos Vinciguerras, isso rompeu a sua quase irretocável compostura e a fez agir. [...] Sei que, de fato, ela tentou convencer os seus superiores a invadirem o complexo de Gênova e que tal ação foi negada por ainda estarem conduzindo investigação. Também sei que o repórter que citou um informante confidencial em sua exposição de fatos sobre o complexo de Gênova recebeu informações alguns dias depois da reunião de Aria de Luca com seus chefes. [...]
Vou registrar um pensamento aqui... Se a especialista de Luca tiver realmente vazado informações para forçar o G.I.S. a agir e assim salvar vidas em Gênova, isso é um alívio para mim, pois prova que há limites nas ações dela, o que é de grande importância. Eu suspeito que o subsecretário-geral Barston tenha usado vias extraoficiais para fazer o caso da de Luca chegar à minha mesa; e ele não apoia o Programa Rainbow. Seja qual for a intenção dele com essa manobra, posso dizer com bastante firmeza que a especialista de Luca não tem conhecimento dessa agenda política. Mas ela tem um papel ativo nos planos do subsecretário-geral Barston, sejam quais forem. […]
Se quisermos a Aria do nosso lado, a inclusão do especialista Martello (Maestro) na Rainbow serve a nós tanto pelas suas habilidades militares quanto por sua capacidade de quebrar os bloqueios da de Luca. Eles trabalharam juntos durante muito tempo nas operações Vinciguerra. Ela fornecia as informações e a unidade dele agia de acordo. Imagino que o relacionamento deles tenha ido mais longe que isso, mas parece haver um nível de volatilidade que demanda observação de perto. Eles são grandes amigos? São parentes? Algo mais? O tempo vai dizer. Felizmente, a especialista de Luca parece se encaixar bem, apesar de os agentes da S.A.S. e dos SEALS fazerem questão de impor resistência [...]. Para concluir, creio que a especialista de Luca seja uma adição valiosa para o Programa Rainbow e que as suas habilidades singulares vão disseminar incertezas entre as equipes durante simulações de combate assimétrico.

— Dr. Harishva Pandey