EXPERIÊNCIA

“Nunca se pode entender um conflito sem conhecer os dois lados.”

A mãe de Cohen é uma famosa ativista e professora judia, filha de um pai palestino que era professor de Estudos sobre o Oriente Médio. Cohen foi criada em Israel e se destacou nas áreas de matemática e física. Ela se formou em engenharia estrutural na Universidade de Tel Aviv e frequentou a Universidade de Boston durante alguns semestres.

Cohen então se alistou nas Forças de Defesa de Israel (IDF). Após passar por um treinamento rigoroso de 22 meses na unidade da Força aérea de elite, Shaldag, ela serviu durante cinco anos. Qualificada em operações terrestres e aéreas, todas as navegações e reconhecimentos em quaisquer territórios e sob quaisquer condições climáticas, ela foi vital na Operação Orquídea. Após partir para os EUA para trabalhar na SWAT do FBI, Cohen botou em prática seu bacharelado em engenharia e seu talento em resistência estrutural para aprimorar táticas de demolição avançadas e equipamentos. Além de ser fluente em hebraico, Cohen também domina os idiomas árabe, inglês, francês e grego.

RELATÓRIO PSICOLÓGICO

Tive várias reuniões com a Especialista Eliza “Ash” Cohen antes de desistir de convencê-la a não me enxergar como comandante. Ela fez um verdadeiro interrogatório, fiquei alarmado com a sensação de estar sendo investigado. […]

Cohen não tem interesse em falar de sua infância. É claro o ressentimento com sua avó julgadora, mas não carrega nenhum trauma. O período de serviço militar funcionou como uma fuga das tensões familiares e pôs à prova sua personalidade organizada e focada. Cohen acrescentou que gosta de situações de alto risco e altas recompensas, mas não falou sobre o nível de risco pessoal que considera aceitável.

Sua identidade está intimamente ligada ao seu treinamento militar e operações das quais participou. Obter qualquer coisa pessoal desse emaranhado é uma missão difícil. Cohen é bastante cautelosa e não cultiva muitas relações íntimas. Porém, a relação que tem com o Especialista Miles “Castle” Campbell é importante para ela, e eu diria que para a equipe também. Sem dúvida, é uma ótima dupla. A personalidade receptível de Campbell permite a Cohen sair de sua zona de conforto sem sentir-se insegura ou julgada. […]

Cohen usa as avaliações dos outros para se descrever: Ela contou que que os especialistas Dominic “Bandit” Brunsmeier e James “Smoke” Porter dizem que ela é “séria demais”, enquanto os outros a descrevem como “intensa”, e que ela adora ter razão. Então eu perguntei se ela considerava essas descrições corretas. Ela disse que a única coisa que importa é que os outros agentes a respeitem. Tenho certeza disso. […]

Nas operações, Cohen é exemplar: Ela pensa rápido, e seu estilo agressivo quase sempre a coloca em vantagem. Porém, ao vê-la interrogar alguém, notei que ela tem um tipo de foco diferente. O estresse residual do combate faz com que ela não se esqueça de cada erro, reconhecida ou real. A autoavaliação é altamente compreensível para alguém com tamanha habilidade, mas também influencia a equipe. É importante encorajá-la a processar os acontecimentos como um esforço conjunto e não simplesmente assumir as críticas sozinha. Cohen, assim com todos os agentes, sabe que terá que encarar situações para as quais não estará preparada. Contudo, ela permite que a tensão do desconhecido a afete. Precisamos cuidar disso.

-- Dr. Harishva “Harry” Pandey, Diretor da Rainbow